sábado, janeiro 31, 2015

Abraço Fotográfico e Poético (5)


As palavras da Minda, que ilustram a fotografia de Aníbal Sequeira:

Falésia Dourada
                    
Na FALÉSIA DOURADA as sombras se anunciam...

Escondem as palavras que me escapam
por entre as pedras esculpidas
nesse vagar do tempo perdido em equilíbrio precário.

Ao longe a esperança renasce por entre o nada
que se vislumbra numa miragem de enganos.

quinta-feira, janeiro 29, 2015

Abraço Fotográfico e Poético (4)


O poema de Maria Amélia Cortes ilustrado pela fotografia de Gena Souza:

Mar

Almas das gentes
Mar
Revolto, tranquilo
Sinto-te
Mar que dás o pão
O luto
Mar profundo
Abismos sem fim
Mar
Que inspiras poetas
Asas, estranha sinfonia
Mar
Dos meus sonhos


quarta-feira, janeiro 28, 2015

Abraço Fotográfico e Poético (3)


O poema de Erick (D'Souza) ilustrado pela fotografia de Luís Eme:

Hoje ódio
Desprezo amanhã

Os ponteiros
Continuam
Sua marcha
Inexorável

Imutáveis
Símbolos negros
Círculo branco
Tralos duvidosos
Mãos esquálidas
Três dedos
Regem nosso destino

terça-feira, janeiro 27, 2015

Abraço Fotográfico e Poético (2)


O poema de Américo Morgado, que ilustra a fotografia de Modesto Viegas.

Distâncias

Ao longe as montanhas escurecem
o horizonte
Será um aviso, um sinal, um segredo
para pensar limites, medo
arranjar coragem, aventurar-me
ou para saber, que é aqui
junto a mim que estão as cores
na aparência de ser
e ter de me aproximar para conhecer?

Distâncias na distância de mim.

segunda-feira, janeiro 26, 2015

Abraço Fotográfico e Poético (1)


Vamos publicar aqui, no nosso blogue, todas as fotografias e poemas que fazem parte da 1ª exposição de poesia ilustrada, "Abraço Fotográfico e Poético". Começamos com o poema de Abrantes Raposo, que ilustra a fotografia de Fernando Barão.
A Fome
Quem disse
E diz
Que não há fome
No meu país
Não mente
Nem mentiu
Porque não a sente
Nem sentiu

Mas quem a sente
Sabe que ele mente

Quem hoje a denúncia
Quando ontem se calava,
Por conveniência
Ou conivência
E cobardia
Não pode ser ousadia
Porque não a sente
Nem sentia

Neste juízo se compreende
Quem é mais réu
Se quem acusa
Ou quem se defende

Quem está inocente
Certamente
É aquele que é gente

E a fome sente

domingo, janeiro 25, 2015

O Grupo "Renascer" nos Doces da Mimi


Após a inauguração da exposição de Poesia Ilustrada, o Espaço Doces da Mimi recebeu o grupo de música popular, "Renascer", que faz parte da USALMA e que alegrou todos os presentes com as suas bonitas canções.

Os espectadores gostaram tanto que "obrigaram" os artistas a cantarem mais duas cantigas, depois de ensaiarem a despedida.


A SCALA não só agradece a sua colaboração. como lhes dá os parabéns pelo seu excelente trabalho em prol da música popular portuguesa.

A Poesia Ilustrada da SCALA nos Doces da Mimi


A inauguração da 1ª exposição de poesia ilustrada da SCALA, correu muito bem, com a leitura de todos os poemas, pelos autores presentes (Erick, Luís Alves, Luís Milheiro, Manuel Delgado, Maria Amélia Cortes e Maria Gertrudes Novais), que leram também os dos poetas ausentes (Abrantes Raposo, Alberto Afonso, Américo Morgado, Clara Mestre e Minda).


Um aplauso para os fotógrafos (Aníbal Sequeira, Clara Mestre, Fernando Barão, Gena Souza, Luís Eme e Modesto Viegas).

Com toda a certeza que deverá ser uma experiência a repetir, esperemos que da próxima vez haja a colaboração dos nossos artistas plásticos...

Quem não pode assistir à exposição, poderá fazê-lo até ao fim do próximo mês de Fevereiro (de segunda a sábado, entre as 10 e as 18 horas, com intervalo para o almoço entre as 13 e as 15), no Espaço Doces da Mimi, rua da Liberdade, nº 20 A.

quinta-feira, janeiro 22, 2015

1ª Exposição de Poesia Ilustrada da SCALA


No próximo sábado, dia 24 de Janeiro, às 16 horas, será inaugurada no Espaço Doces da Mimi, a 1ª Exposição de Poesia Ilustrada da SCALA.

Fica desde já lançado o desafio, para aparecerem e descobrirem o que os poetas descobriram em cada um das doze fotografias expostas...que se chama, simbolicamente, "Abraço Fotográfico e Poético".

sexta-feira, janeiro 09, 2015

Apresentação de "Ginjal 1940, Poemas Dois"


Amanhã, às 17 horas, será apresentado no "Espaço Doces da Mimi, o caderno de poemas, "Ginjal 1940, Poemas Dois", da autoria de Luís Alves Milheiro.

Publicamos antecipadamente um dos poemas:

os barbeiros de cacilhas

Não falta freguesia
aos Barbeiros de Cacilhas,
para o corte da barba e cabelo,
é raro ver-se nas suas casas
uma cadeira vazia.
Desde o velho Quaresma,
ao filho, “Pató”, sem esquecer o Arriaga,
o Domingos “Espanhol”
e o finório do Jaime Soares,
são “baetas” de tal maneira famosos,
que até recebem clientela da Capital,
que adora os seus bons preços
e fica para almoçar no Ginjal.