quarta-feira, fevereiro 25, 2015

Sábado há "Poesia Vadia"


No próximo sábado, 28 de Fevereiro, depois da inauguração da exposição de fotografia, "Urbanidades", às 16 horas, decorrerá mais uma sessão de "Poesia Vadia" , que homenageará uma das grandes figuras da poesia almadense, o prof. Alexandre Castanheira.

Será pela certa, uma sessão memorável para todos os amantes da poesia, no Espaço "Doces da Mimi" (rua da Liberdade, nº 20 A, Almada).

segunda-feira, fevereiro 23, 2015

Foi Muito Concorrida (como de costume) a Inauguração da Festa das Artes da SCALA


No sábado foi inaugurada a FESTA DAS ARTES DA SCALA, com a mostra de excelentes obras artísticas de 37 associados desta Colectividade Cultural de Almada, repartidas pela pintura (maior parte), fotografia, escultura, desenho e artesanato.


A inauguração foi abrilhantada pela actuação do grupo de música popular, "Renascer".


Como de costume, foi uma boa oportunidade de convívio, entre artistas, dirigentes, associados e amigos da SCALA.

A exposição pode ser visitada até ao dia 8 de Março, na Oficina de Cultura de Almada.


domingo, fevereiro 22, 2015

Abraço Fotográfico e Poético (12)


As palavras de Clara Mestre, ilustram a fotografia de Luís Eme, na despedida da 1ª Exposição Ilustrada da SCALA:

Cacilhas e o Tejo

Cacilhas tem muitas histórias famosas
Espalhadas pelas ondas murmurantes
E meigas confidências amorosas
Que ela ouve, em suspiros sussurrantes.
Mar lindo, de intensa aguarela.
A ponte sobressai sobre o mar
Cada onda tem pincelada singela
No céu rosado, o Sol o vem beijar…

terça-feira, fevereiro 17, 2015

Abraço Fotográfico e Poético (11)


As palavras de Luís Alves, ilustradas pela fotografia de Clara Mestre:

O Encanto da Natureza

Ao olhar a natureza
Em contrastes tão diversos
Vemos magia e beleza
Que nos deixa boquiabertos

O verde é pano de fundo
Onde a vida passa lenta
É a riqueza do mundo
Onde a alma se alimenta

A mãe pata a navegar
Vai com calma mas segura
Parece estar a ensinar
Os filhotes com ternura

Neste rio de prazer
A cautela vai à frente
Dar meia volta, volver
Em frente, já há corrente

O pai pato, pachorrento
No seu posto a observar
Tem que estar muito atento
Não vá algum naufragar

E quando chega a noitinha
Com seu porte de soldado
Manda todos prá caminha
P’ra um sono descansado

Esta água que nos leva
Por entre pedras e prados
É a imagem que nos chega
E nos deixa extasiados.

segunda-feira, fevereiro 16, 2015

Abraço Fotográfico e Poético (10)


As palavras de Manuel Delgado ilustradas pela fotografia de Aníbal Sequeira:

O Moleiro

Roda roda meu moinho
Seja a água ou o vento
Vai trabalhando sozinho
Para tirar o meu sustento

A trabalhar lentamente
O moinho a moer
É para toda a gente
Ter o pão para comer

Para fazer o bom pão
Que o povo vai comer
Enquanto houver grão
O moinho a moer

Se moer grão a grão
O moleiro tem a certeza
Que só assim o bom pão
Chegará à nossa mesa

quinta-feira, fevereiro 12, 2015

Abraço Fotográfico e Poético (9)



As palavras de Maria Gertudes Novais ilustradas por uma fotografia de Luis Eme:

Jardim

No jardim da saudade,
Onde o tédio é companheiro
Existe amor e verdade
Em tarde de soalheiro.
No búlicio da cidade
Mesmo ali ao lado,
Há tanta desigualdade
Num sentimento fechado.
O verde da natureza
Atenua a solidão,
Mata um pouco a tristeza
Que há dentro do coração.
Se for diferente o teu olhar,
De força e de coragem,
Poderás ainda sonhar,
Nesta vida, de passagem.

quarta-feira, fevereiro 11, 2015

Abraço Fotográfico e Poético (8)


As palavras de Luís Milheiro, ilustradas pela fotografia de Clara Mestre:

A Mãe Natureza
               
Quando ouvi o chamamento
Da encantatória mãe natureza
Não resisti e fui atrás da sua beleza,
Quase levado pelo vento

Daí a nada
Apeteceu-me gritar de felicidade
Mas fiquei ali em silêncio
Numa manobra de bom senso
A ver os peixes nadarem em liberdade

Pouco depois
O silêncio foi quebrado
Por um bando de pardais chilreantes
Com almas livres e errantes
Que voavam por todo o lado

Fizeram-me perder a vontade de nadar.
Afinal o que eu queria mesmo era voar
No meio da natureza
Onde é tão fácil descobrir a beleza.

A exposição continua patente no "Espaço Doces da Mimi" e pode ser visitava até ao dia 27 de Fevereiro.

segunda-feira, fevereiro 09, 2015

Madalena e José Saramago de Visita aos Doces da Mimi


Não éramos muitos (não chegámos às duas dezenas), mas éramos bons, daqueles que sabem escutar, questionar, e sobretudo partilhar.

Foi isso que aconteceu no sábado, com a visita da professora Madalena Mendes, que nos trouxe um livro, para ler em voz alta, o "Levantado do Chão" de José Saramago, uma das suas obras maiores, escrita em 1976, poucos meses do 25 de Novembro e da derrota da esquerda, quando ele desiludido decidiu partir para o Alentejo, para Monte Lavre, com o objectivo de dar voz a um povo há muito tempo silenciado.

E conseguiu-o, com um romance que atravessa várias gerações da família Mau Tempo, vítima de anos e anos de exploração do latifúndio, de mão dada com a igreja e a ordem de um estado, com letra pequenina.

Depois de uma primeira reflexão sobre este livro, entrámos dentro da obra de José Saramago e também da sua vida, inclusive amorosa. A sua descoberta do amor aos 63 anos não deixou ninguém indiferente, até por pessoas mais próximas dele, assistirem ao aparecimento de "um homem novo", que voltou a sorrir...

Foi tão bom contarmos com a Madalena, "leitora de voz alta", e também com todos aqueles que acrescentaram coisas boas à conversa (até poesia...), que esteve excelente, no sábado à tarde, no Espaço Doces da Mimi.

quarta-feira, fevereiro 04, 2015

O Livro "Levantado do Chão" nos Doces da Mimi


No próximo sábado, 7 de Fevereiro, às 16 horas o "Espaço Doces da Mimi" (rua da Liberdade, nº 20 A) recebe a visita da professora Madalena Mendes, que nos trás a obra, "Levantado do Chão", de José Saramago,  para ser lido em voz alta. 

Se conhece esta obra, sobre os tempos difíceis vividos pelo povo Alentejano, até Abril de 1974, tem aqui uma boa oportunidade de reviver e falar sobre este livro, emblemático na obra do nosso "Prémio Nobel".

Se não conhece, tem também a oportunidade de ficar a conhecer um livro que nos fala sobre a injustiça e a exploração, de um povo que sempre se "levantou do chão"...

Apareçam, vão gostar.

terça-feira, fevereiro 03, 2015

Abraço Fotográfico e Poético (7)


As palavras de Alberto Afonso para ilustrar a fotografia de Modesto Viegas:

Gota de vida

Olho a vida na distância
De um dia azul e milagroso
As cores são mil, e são esperança
Talvez de sol, mas invernoso.

Deixai que o momento seja
Ilha deserta ou silêncio,
Que enraizado se dilui
Na ilusão de alguém presente…

Desamarrado barco que me foge
Por indizível corrente traiçoeira
Que rouba de mim e de meus olhos
Esta gota de vida, ó feiticeira…


segunda-feira, fevereiro 02, 2015

Abraço Fotográfico e Poético (6)


As Palavras de Luís Alves que ilustram uma fotografia de Luís Eme:

Cais de Lisboa

Colunas de séculos passados
Onde o tempo não perdoa
São dois mastros apontados
Ao céu da Nossa Lisboa

Foste cais da realeza
Admirado, ainda és
Até a coroa inglesa
Ancorou a vossos pés

Nesses tempos da lonjura
Caravelas a partir
Homens bravos à procura
Dum mundo por descobrir

Gaivotas em movimento
No cais de tanta saudade
São como notas ao vento
Chilreando Liberdad

A nossa ponte imponente
De Abril só há gemidos
Mas o Tejo comovente
Amena os cravos esquecidos

Onde estão os cacilheiros
Que a câmara não captou?
Mais os velhos marinheiros
Que o pai Tejo adoptou?

Estas águas que nos levam
E nos corta a respiração
É o rio onde navegam
As mágoas que vão pró mar.