domingo, fevereiro 24, 2013

Falar Sobre o Conceito da Exposição Artística e Outras Coisas não Menos Importantes


Na tarde de sábado quem se deslocou à Oficina de Cultura, para assistir e participar no colóquio, "O Conceito  da Exposição Artística", saiu bastante enriquecido, pela conversa extremamente importante e variada que todos travámos, partilhando de uma forma aberta conhecimentos, experiências e simples opiniões.
Os artístas plásticos convidados, Francisco Bronze, Francisco Palma e D'Souza, não só animaram o colóquio, como trouxeram questões novas, que normalmente nos passam ao lado.
Francisco Bronze começou  por focar o distanciamento que existe do público em relação ao pintor. Apesar de existirem muitas exposições em Almada, não existe comunicação do artista com o público sobre as obras expostas.
Francisco Palma historiou a evolução do Conceito da Exposição ao longo dos tempos, focando a predominância do "cubo branco" (o modelo da Festa das Artes da SCALA), durante um período largo, explicando que na actualidade o seu conceito é mais vasto, pois tornou-se também importante contar uma história numa exposição, para se conseguir interagir com o público.
D'Souza referiu a importância da linguagem na construção de uma exposição, pois a arte exposta deve comunicar com o espaço onde está inserida.
Foi muito importante a intervenção de uma boa parte dos presentes, desde a Manuela que deu o exemplo do Museu da Electricidade, onde há uma interacção das obras expostas com o espaço, com o que já existe no museu, ao Aníbal Sequeira, que destacou a importância da localização da galeria onde se expõe, como é o caso da Oficina de Cultura, central, próxima de transportes e com visibilidade do exterior para o interior, chamando as pessoas. Evaristo reforçou esta opinião, a sua esposa lembrou a importância da presença de crianças nas exposições, tantas vezes esquecida, Maria Manuel foi ainda mais longe, dizendo que ainda falta fazer muitas coisas para se conseguir passar a mensagem artística em Almada, deixando vários exemplos, como  a falta de guias nas exposições. Francisco Tonaco fez a defesa da Festa das Artes da SCALA, pela sua aposta na diversidade e no carácter festivo, quase sem normas. Zulmira realçou a importância destas conversas, em  que todos crescemos um pouco. Houve mais um senhor que falou, mas que nós não conseguimos identificar.
Por não sermos muitos, fez-se logo de inicio uma roda, para nos olharmos todos nos olhos e comunicarmos com mais facilidade. Foi uma ideia feliz, pois assistiu-se uma participação generalizada, num clima de grande cumplicidade e entusiasmo pelo mundo das artes.

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