terça-feira, julho 08, 2025

"As Artes (e as manhas) dos quinze fundadores da SCALA"


Luís Milheiro organizou um pequeno caderno com um pequeno registo biográfico dos 15 fundadores da SCALA, onde analisa de uma forma sintética o seu percurso na nossa Associação.

Transcrevemos os respectivos títulos de cada crónica:

"a arte da ética e da amizade" (a Henrique Mota);
"a arte de contar, de partilhar e de estar" (a Fernando Barão);
"a arte de construir estradas e pontes culturais" (a Diamantino Lourenço);
"a arte de olhar e dar cor ao mundo" (a Arménio Reis);
"A arte de polemizar e de desconversar" (a Jorge Gomes Fernandes);
"A arte de compor e fazer livros" (a Virgolino Coutinho);
"a arte da controvérsia e da incoerência" (a Abrantes Raposo);
"a arte de complicar as coisas simples" (a Victor Aparício);
"a arte e o talento de teorizar" (a Henrique Costa Mota);
"a arte do quero mando e posso" (a José Luís Tavares);
"a arte de misturar as coisas" (a Álvaro Costa);
"a arte de ficar a ver a banda passar" (a João da Cunha Dias);
"a arte da gente pequenina sem jeito para a dança" (a Artur Vaz);
"a arte da ambiguidade e da cobardia" (a Gil Antunes);
"a arte de ser e não ser" (a Manuel Lourenço Soares);

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


sexta-feira, junho 20, 2025

Ficamos muitas vezes mais pobres, mesmo sem nos apercebermos...


Embora Almada seja uma cidade grande, é quase uma "aldeia" no campo cultural.

É por isso que quando nos deixam duas pessoas num curto espaço de tempo (uma semana...), ligadas ao mundo dos livros, perguntamos, por onde andámos, que nunca tivemos "tempo" para ter uma simples conversa (ao telefone não conta...) com elas...

Falo de Armindo Reis e Teresa Rita Lopes, professores, escritores e poetas... O homem esguio que gostava de escrever para crianças e a mulher de olhos cor de mar, que viveu sempre apaixonada por Pessoa.

Se com a Teresa Rita só falei, uma vez, ao telefone, com o Armindo, começámo-nos a cumprimentar há menos de um ano, de uma forma simpática, por almoçarmos às segundas no mesmo restaurante e termos um ou outro amigo em comum...

Não foi por nos deixarem que passaram a ser boas pessoas ou melhores escritores. Até porque nos deixaram os seus livros para os revisitarmos... Mas não deixa de ser estranho, que tenhamos vivido na mesma cidade e tenhamos passado a vida a percorrer ruas diferentes...

Nota: texto publicado inicialmente no "Largo da Memória" e no "Casario do Ginjal". Armindo Reis era associado da SCALA.

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


sábado, março 01, 2025

E aqui está, a nossa Festa das Artes da SCALA!


É inaugurada hoje a 30.ª Festa das Artes da SCALA, na Oficina de Cultura de Almada.

Não é para todos manter uma festa destas, aberta a todos os associados (conseguiu-se contrariar os espíritos mais elitistas e nunca fazer qualquer tipo de selecção...), que em 30 edições deu a oportunidade a 264 artistas (artes plásticas e pintura) de mostrarem os seus trabalhos (mais de 2.220...).


sexta-feira, dezembro 06, 2024

Henrique Mota: uma vida dedicada ao Associativismo


Deixámos para o fim, propositadamente, Henrique Mota, um dos três fundadores da SCALA, que ainda estão entre nós.

Foi vice-presidente Cultural da nossa Associação nos dois primeiros mandatos da direcção, num período de grande crescimento, para o qual deu um importante contributo.

Depois verificaram-se algumas desinteligências e o Henrique foi um dos protagonistas da segunda cisão que se deu no seio da SCALA, partindo para outros desafios associativos (sem nunca deixar de ser nosso associado), mais ligados ao património de Cacilhas, sendo o principal fundador e o presidente da Associação de Cidadania de Cacilhas o Farol (cargo que mantém).

Em alguns períodos, o Farol chegou a rivalizar com a SCALA, e até a querer mesmo sobrepor-se no panorama associativo local às nossa Colectividade. Houve um ou outro mal entendido, mas foram facilmente ultrapassados, por, em parte, haver uma história comum.

De uma forma geral tem sido possível manter um bom entendimento e organizar várias iniciativas em conjunto (SCALA e O Farol) ao longo dos últimos vinte anos, em prole da Cultura e da História do nosso Concelho, graças ao bom senso e sentido colectivo de Henrique Mota e dos dirigentes da SCALA.

(Gente da História da SCALA - XXX)

Fotografia de Gena Souza)

domingo, novembro 24, 2024

Ofélia Cruz: um grande exemplo de amor à liberdade e à poesia


Ofélia Cruz não fez nada de especial para estar aqui, na lista dos "trinta" da história da SCALA.

E é por isso mesmo que está aqui. Por ser uma mulher simples, que amava sobretudo a liberdade e gostava muito de "poemas de combate", que recitava muito bem, renovando a força das palavras dos poetas (como ele gostava de Sidónio Muralha...), nos recitais colectivos da SCALA.

Também era presença assídua nas nossas "Tertúlias do Dragão", por gostar das coisas da cultura e de estar com os amigos.

Não podemos, nem devemos, esquecer o seu papel de lutadora antifascista e de Mãe, que educou os seus filhos com grande sacrifício, nos anos em que o seu companheiro de sempre, esteve encarcerado nos calabouços destinados aos nossos presos políticos.

Para nós, foi uma honra termos conhecido, e sermos amigos desta senhora extraordinária, que lutou por um mundo com espaço para todos, onde a igualdade e a justiça social não fossem apenas uma miragem.

(Gente da História da SCALA - XXIX)

Fotografia de Luís Eme)


sábado, novembro 16, 2024

Américo Morgado: a eloquência e o gosto da partilha do saber


O professor Américo Morgado foi uma das boas surpresas que surgiram no seio da SCALA.

Filósofo de formação, era um verdadeiro pedagogo e também um excelente comunicador. E claro, era um dos poetas Scalanos (além de ter uma vasta obra publicada, estava sempre disponível para colaborar num dos muitos cadernos que editámos ao longo do tempo).

Felizmente, a SCALA e os Scalanos beneficiaram do seu saber, tanto nas suas "Tertúlias do Dragão" como noutros encontros formais e informais, realizados em vários lugares de Almada, onde bebiam cada uma das suas palavras, com grande satisfação.

Calmo e extremamente bem formado, tinha sempre uma palavra amiga para todos, dando um grande contributo para o nosso bem-estar colectivo.

(Gente da História da SCALA - XXVIII)

(Fotografia de Gena Souza)


sexta-feira, novembro 08, 2024

Guiomar Malaquias e Joana Corte, uma cumplicidade feminina especial no seio da SCALA


Guiomar Malaquias e Joana Corte foram duas das presenças mais assíduas nas "Tertúlias da SCALA do Dragão", e por isso mesmo faziam parte da chamada "Família Scalana". 

Sem qualquer desprimor para outros associados, foi nesta Tertúlia, que se criou um ambiente quase familiar, com todos aqueles que só faltavam um dos nossos serões culturais mensais, por razões inadiáveis.

A Guiomar e a Joana, faziam parte deste grupo, eram duas das pessoas que tinham prazer em conviver com os outros amigos, num ambiente de grande amizade e companheirismo. Aproveitando ao mesmo, para adquirir mais algum conhecimento, sobre isto ou sobre aquilo.

Sem fazeram parte dos "activos culturais" da SCALA, foram duas peças fundamentais para o bom relacionamento humano que se vivia na nossa Associação, num tempo diferente deste que se vive na actualidade...

(Gente da História da SCALA - XXVI e XXVII)

(Fotografia de Luís Eme)