sábado, maio 20, 2023

Grande Luís Alves!


Foi uma bela surpresa revermos durante a tarde de hoje um dos bons poetas da SCALA, Luís Alves, na sessão de "Poesia Vadia" organizada pela Incrível Almadense, na rua Capitão Leitão.

Apesar de se ter deparado nos últimos tempos com problemas de saúde (a sua perda de peso é bastante significativa...), foi muito bom vermos o poeta a declamar vários poemas da sua lavra, assim como o inconfundível "Canto Negro" de José Régio.

Felizmente o seu amor à poesia permanece bem vivo (ele confessou-nos que foi uma ajuda importante no combate a este percalço...)  assim como a sua qualidade enquanto declamador.  

Grande Luís Alves!

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


segunda-feira, abril 24, 2023

Abril Sempre!!! (na Cultura e nas nossas Vidas)


A SCALA quando foi fundada, queria ser uma associação completamente independente de qualquer poder ou de qualquer partido. Ou seja, queria trilhar o seu caminho na Cultura almadense, em liberdade, sem de deixar influenciar por qualquer tipo de pressão, externa ou interna.

Uma das suas primeiras premissas, foi a sua não participação, enquanto associação, no desfile anual das Colectividades do Concelho, promovido pelo Município. Dava liberdade absoluta aos seus associados, mas por entender que esta Festa tinha uma componente político-partidária bastante forte, primava pela ausência.

Nos primeiros anos esta não participação nem sempre foi bem recebida, até por a SCALA ser uma das poucas colectividades que fazia questão em não estar presente. Em vez de entenderem a nossa posição, chegaram mesmo a dizer que não eramos uma "Colectividade de Abril".

Mas se há algo que a Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada sempre foi, foi uma "Colectividade de Abril". Nunca sentimos qualquer pressão interna, para fazer isto ou aquilo, que fosse contra ou a favor dos poderes instituídos. Se existiram pressões, foram externas, por gente que tinha dificuldade em "separar as águas".

Foi sempre um grande orgulho da SCALA, poder dizer, sem qualquer reserva, que a nossa política era a Cultura.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quarta-feira, março 08, 2023

A Festa das Artes da SCALA continua a ser um Bom Exemplo Associativo


Num dos momentos mais complicados do Movimento Associativo Almadense (e nacional...), a Festa das Artes da SCALA é um dos bons exemplos, de que a sua continuidade, já a caminho dos trinta anos de vida, faz todo sentido.

Através da participação dos nossos associados na exposição anual, que continua patente na Oficina de Cultura, reparámos que em apenas meia-dúzia de anos houve vinte artistas que desapareceram do folheto. Mas em contrapartida, surgiram vinte cinco novos, sem que se perdesse qualidade.

A diversidade continua a ser a aposta da SCALA, sem qualquer tipo de selecção. Felizmente os melhores continuam a fazer esquecer os piores, oferecendo um equilíbrio artístico digno de registo.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


sexta-feira, fevereiro 10, 2023

sábado, janeiro 14, 2023

A Festa das Artes da SCALA (sempre quis ser isso mesmo, uma Festa)


Ao longo da sua história de quase três décadas de exposições na Oficina de Cultura, a "Festa das Artes da SCALA" (que começou por ser apenas a "Exposição Anual" da Sociedade, até Luís Milheiro sugerir que passasse a ser uma "Festa"...) quis ser um espaço aberto e inclusivo, onde existisse espaço para todas e para todos os amantes das Artes. 

Claro que esta "inclusão" teve alguns abusos ao longo dos anos, com a mostra de várias obras de qualidade duvidosa, que chegaram a provocar várias reações menos positivas. Alguns sócios achavam mesmo que devia haver uma "selecção". Algo que nunca foi bem acolhido pelos responsáveis da exposição (e ainda bem), porque isso iria retirar o espírito festivo do evento e a tal possibilidade de todos os que quisessem, participassem na "Festa". 

Houve mesmo quem deixasse de expor, por achar que os seus trabalhos mereciam "melhor companhia" e acabasse posteriormente por sair da SCALA. Como a nossa Associação nunca foi elitista, não sentiu a falta destes artistas, quase "maiores que o mundo".

Não queremos com isto dizer que alguns sócios não devessem ter um sentido autocrítico mais apurado, percebendo que algumas das obras que criam passam um bocado ao lado da Arte. Mas deverão ser sempre eles a perceber que as suas obras, "estão a mais", no contexto artístico da SCALA e não a organização da exposição.

Estas palavras devem-se ao facto de no próximo mês realizar-se aquela que é já a 28. ª "Festa das Artes da SCALA, com  a inauguração programada para 25 de Fevereiro. 

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


sexta-feira, dezembro 30, 2022

Não Vale a Pena Esconder a Realidade...


As notícias aqui no blogue têm sido reduzidas, ano após ano.

A explicação mais plausível é o nosso afastamento do dia a dia da SCALA. 

Claro que ver que esta Associação não consegue sair do seu registo, cada vez mais insignificante, se olharmos para a história dos primeiros 20 anos, também contribui para que nem se quer apeteça abrir o "baú" da história da SCALA.

A culpa do que está a acontecer na SCALA, no Associativismo Almadense e no dirigismo nacional (até nos comandos do País...), é de todos nós, que nos afastamos e deixamos que as colectividades sejam dirigidas por gente sem o carisma e a qualidade de outros tempos.

Talvez seja tempo de todos nós repensarmos o nosso papel na sociedade e nos seus movimentos colectivos e valorizar mais a democracia...

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)



quarta-feira, novembro 16, 2022

Homenagear José Saramago no dia do seu Centenário



Uma boa ideia para festejarmos o Centenário do nascimento de José Saramago, é republicar um texto feliz que escrevemos (é mais longo que o costume...), quando o escritor foi laureado com o Prémio Nobel da Literatura, para o boletim "O Scala" (n.º 8, Verão de 1998):

«Foi com com grande alegria que vimos José Saramago deixar o hall de entrada da sala, destinada aos eternos perdedores do Prémio Nobel da Literatura, com a serenidade que o caracteriza, depois de ser “Levantado do Chão” pela Real Academia Sueca da Língua.

O país voltou a sorrir de satisfação – e com a Expo 98 ainda tão perto na nossa memória... -, ao ponto de transformar a vitória de Saramago, num êxito de todos os portugueses. Foram erguidas bandeiras de Norte a Sul, levando bem alto “Todos os Nomes” deste escritor, digno herdeiro de Camões, Eça, Camilo, Pessoa, Aquilino e Torga.

A Escandinávia dobrara pela primeira vez a coluna à língua portuguesa. Depois de um longo “Ensaio Sobre a Cegueira”, acabou por reparar uma  injustiça quase do tamanho deste século.

Embora Saramago seja um caso à parte, se fizermos uma “Viagem a Portugal”, encontramos uma mão cheia de poetas e ficcionistas que também poderiam ter sido inscritos nos “Apontamentos” da Academia Sueca.

Quando dizemos que ele é um caso à parte, estamos a basear-nos  num estranho casamento das Letras com Números que nos prova que Saramago é o escritor português vivo, mais conhecido e lido no mundo inteiro.

A sua obra literária é um manancial de estórias sobre a nossa História, “Deste Mundo e do Outro”, não sendo por isso de estranhar que alimente algumas polémicas. E quando se fala de coerência – uma palavra usada para dignificar Saramago e todos os seus camaradas que se mantém fiéis ao comunismo --, devemos fazer uma vénia ao Município de Mafra que continua a defender que “O Memorial do Convento” ofende o bom nome dos seus habitantes; e ao Papa, que  ao folhear “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, continua a perguntar a Deus com um olhar triste e angélico, “Que farei Com este Livro?”, por manterem vivas as suas opiniões divergentes em relação ao escritor.

Mesmo sabendo que este não é o melhor momento para  falarmos da nossa taxa de analfabetismo, não devemos esconder a nossa triste realidade usando o Nobel da Literatura como peneira.

Saramago sentiria, “Provavelmente Alegria”, se usássemos o seu Prémio para sensibilizar os portugueses a visitarem o campo aberto das letras, mostrando-lhes o poder da luz “Poética dos Cinco Sentidos” que nos ilumina nas nossas viagens deliciosas pelo interior dos livros.

E se nos fosse permitido sonhar, gostaríamos que o Nobel produzisse o mesmo êxito na Literatura que as medalhas milagrosas de Carlos Lopes e Rosa Mota obtiveram no Atletismo, fomentando de uma forma avassaladora a leitura nas escolas e nos lares portugueses, arrebatando toda “A Bagagem do Viajante” de Lanzarote e de outros grandes escritores.» 

(Texto de Luís Milheiro)


domingo, outubro 02, 2022

Luís Bayó Veiga no Museu da Cidade (que agora é de Almada)

 


O Scalano Luís Bayó Veiga vai levar-nos de viagem, através de da sua colecção de bilhetes postais, pelas duas margens do Tejo.

É na próxima quinta-feira, às 18 horas. Apareçam.


domingo, março 06, 2022

Carlos Durão (1929-2022)


O nosso associado e antigo dirigente, Carlos Alberto Durão, deixou-nos na passada quinta-feira.

Embora não seja fundador, Carlos Durão é um dos elementos que fazem parte da nossa história, pois exerceu durante vários mandatos o cargo de tesoureiro e foi essencial para o equilíbrio e para a continuidade da nossa Sociedade Cultural no panorama associativo almadense, em dois ou três períodos mais difíceis (as chamadas "crises de crescimento"...), juntamente com mais dois companheiros.

Como ser humano, além da sua integridade, devemos salientar também a sua generosidade e a defesa intransigente dos valores colectivos, que felizmente continuam associados ao Movimento Associativo Almadense.

Enviamos as condolências aos seus familiares e amigos e deixamos aqui expresso, o nosso reconhecimento e homenagem, a um dos nossos raros  (e merecidos) "Sócios de Mérito".

(Fotografia de Luís Eme)


domingo, fevereiro 27, 2022

A 27.ª Festa das Artes da SCALA


A 27.ª Festa das Artes da SCALA está em exposição na Oficina de Cultura de Almada - Praça S. João Baptista - e pode ser visitada até 12 de Março, com trabalhos de fotografia, pintura, escultura e artes decorativas.

Não deixa de ser curioso, que passados todos estes anos, continue a aparecer, sempre, uma ou outra pessoa, que expõe na nossa "Festa" pela primeira vez.

Ou seja, a SCALA não perdeu essa aura de estar aberta a todos e a todas, com todos os "perigos" que essa liberdade criativa acarreta. Isso nota-se através da críticas de muitas pessoas, que acham a exposição colectiva "desequilibrada", ou seja, tem óptimos trabalhos e péssimos trabalhos. E por muito que se explique que não é feita qualquer selecção, há artistas que não compreendem (lembramos que nos primeiros anos houve mesmo quem deixasse de expor, por não se querer "misturar com a vulgaridade"...).

O único problema que existe, reside nos próprios associados, que deviam ser os primeiros a fazer uma autocrítica e a perceber que as suas obras não cumprem o mínimo que se exige a uma obra de arte exposta ao público. Agora a SCALA deve continuar fiel aos seus princípios, de tentar - essa quase "utopia" - que a arte chegue a toda a gente.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


domingo, outubro 31, 2021

A SCALA volta a Festejar a Cultura


Ontem à tarde a SCALA organizou na sua Sede Social um conjunto de iniciativas culturais, com estórias, poesia e música, festejando a oficialização da cedência deste espaço, que agora foi reforçada com mais uma sala anexa.

Estiveram presentes a Presidente do Município, Maria de Medeiros, a nova Presidente da União de Juntas de Freguesia de Almada, Maria de Assis, tal como diversos convidados de várias instituições, assim como todos os associados que acharam por bem marcar presença nesta iniciativa.

Foi também inaugurada uma bonita exposição de desenhos a carvão, da autoria de Sa Cortes.

(Fotografia de autor desconhecido)


sábado, setembro 18, 2021

Henrique Mota Homenageado em Almada

Na tarde de quarta-feira a Sala Pablo Neruda acolheu a apresentação do opúsculo, "Henrique Mota, desportista, associativista e escritor", na comemoração do centenário do seu nascimento, da autoria do nosso associado Luís Bayó Veiga.

A mesa de honra da cerimónia foi composta por Henrique Mota, que estava ali na condição de filho e também de presidente, de O Farol, Associação de Cidadania de Cacilhas, Ricardo Louçã, presidente da União de Juntas de Almada, Cacilhas, Cova da Piedade e Pragal, Eunice Figueiredo, representante do Município, Maria Gertrudes Novais, presidente da SCALA, Luís Bayó Veiga, autor da obra e Luís Milheiro, na qualidade de apresentador da obra e amigo do homenageado.

Embora se trate de um pequeno livro (em relação ao número de páginas), é fundamental para todos os que se interessam pela história das gentes de Almada, porque além de nos oferecer um bom retrato de Henrique Mota, traz a público, pela primeira vez, alguns dados sobre a sua vida familiar e profissional. Ou seja, o testemunho de Luís Veiga, acaba por deixar a porta semi-aberta, para quem queira construir futuramente uma obra de maior folego.

Foi bom ver vários associados da SCALA neste começo das actividades culturais em Almada (ainda com a pandemia à espreita...), inclusive três companheiros (Diamantino Lourenço, José Luís Tavares e Henrique Mota) que ajudaram a fundar a nossa Sociedade Cultural, juntamente com o homenageado, uma das grandes figuras da Cultura, do Desporto e do Associativismo Almadense.

(Fotografia de Carlos Cardoso)