Ontem à tarde, depois da inauguração da exposição, "Era uma Vez um Associativista...", de homenagem a Orlando Laranjeiro (organizada por Luís Milheiro) tivemos a oportunidade de conhecer um pouco melhor as palavras e o poeta Orlando Laranjeiro.
Luís Milheiro abriu a sessão,focando a qualidade da poesia do convidado, realçando a sua musicalidade, acrescentando mesmo que quase todos os seus poemas podiam ser cantados.
Orlando agradeceu o convite da SCALA e também falou da sua poesia, das influências que sofreu do avô, com ligações profundas ao fado, que sempre lhe incutiu a importância da rima na poesia. Não se quis assumir como poeta, acha que é mais letrista... como se um letrista não fosse um poeta...
E depois ofereceu-nos alguns dos poemas que mais o emocionam. Declamou a "Saudade", um retrato dos seus primeiros tempos como emigrante, onde nos oferece todos os seus sentimentos, toda a dor sentida, por estar longe do país, da família e dos seus amigos. E claro, encantou-nos com a "Rua Direita", que é praticamente uma biografia da rua onde cresceu e viveu alguns dos melhores momentos da sua vida, pois além de ter vivido numa das suas travessas, é a rua da sua Incrível e do seu Almada. E também da Academia onde conheceu o Amor da sua vida (a quem lhe dedicou também alguns bonitos poemas como "O Baile").
Além do Orlando, também declamaram os seus poemas a Mimi, o Luís Milheiro, o Francisco Gonçalves, a Júlia Laranjeiro e a Andreia Freire.
Para esta tarde de poesia encerrar com chave de ouro, o Orlando e o Chico brindaram-nos com "O Mar", declamado em dueto com a qualidade que todos lhes reconehcemos.
Mais um extraordinário momento de Cultura e de Amizade, vivido no Espaço Doces da Mimi, que se encheu de amigos.