segunda-feira, maio 27, 2024

Mário Rodrigues: o Amor ao Teatro, ao Associativismo e a Cacilhas


Embora Mário Rodrigues fosse um dos sócios mais antigos da SCALA, só começou a ter uma participação maia activa na nossa Associação depois de começar a frequentar a "Tertúlia do Dragão".

Ficou encantado com o ambiente familiar que encontrou e com a promoção da cultura que a SCALA fazia nestes encontros mensais. E passou a ser presença certa (nem os seus problemas de saúde faziam com que faltasse...). As tertúlias sobre a história de Cacilhas, localidade onde nasceu e deu os primeiros passos como associativista (no Ginásio Clube do Sul), fizeram com que se tornasse um dos seus animadores. Depois trouxe o teatro, uma das suas grandes paixões, para aquele espaço de convívio e de partilhas culturais. Aproveitou algumas datas festivas, como o Natal, para embelezar a sala com motivos alusivos, dando largas à sua criatividade.

Como gostava muito de escrever, passou também a ser um dos colaboradores permanentes do boletim "O Scala", abordando preferencialmente o mundo das Artes e também a história de Cacilhas.

O seu entusiasmo pela SCALA foi tal que até se disponibilizou para fazer parte da sua direcção. Quando nos deixou, em 2013, era o nosso secretário.

Foi uma bela e grata surpresa termos conhecido este grande Associativista Almadense. Mesmo já octagenário, continuava cheio de vontade de fazer coisas.

(Gente da História da SCALA - XVIII)

(Fotografia de Luís Eme)


quinta-feira, maio 16, 2024

Ermelinda Toscano: a surpresa, a qualidade e a diferença na Cultura em Cacilhas


Ermelinda Toscano apareceu em Cacilhas, no começo do milénio, quase como um "meteorito", mas que em vez de destruir, veio construir, e abanar de uma forma positiva, a Cultura na localidade ribeirinha.

Falar dela e do "Café com Letras" é quase como falar da "galinha e do ovo". A sensação que temos é que apareceram ao mesmo tempo, e foram "uma bela de uma surpresa" no panorama local. A Ermelinda foi a grande dinamizadora desta "Casa da Cultura", que deu abrigo a tanta gente sedenta de coisas diferentes (especialmente aos poetas sem poiso...). Aconteceram coisas extraordinárias neste lugar, num curto espaço de tempo, desde palestras, exposições, sessões de poesia, lançamentos de livros ou simples convívios, sempre com a cultura presente.

Como normalmente acontece com todas as coisas boas, a falta de apoio, humano e logístico, faz com que tenham vidas curtas... nem mesmo a mudança de gerência e de nome (de "Café com Letras" passou a "Sabor e Arte"...) mudou o seu destino... Mas este espaço ficou na história da rua Cândido dos Reis e da Cultura Cacilhense. Voltando à Ermelinda, ainda hoje permanece inesquecível a sua colecção de pequenos cadernos "Index Poesis", que divulgou a obra de mais de uma centena de poetas locais (e não só...) e pela criação da associação formal de "Poetas Almadenses".

No meio de toda esta actividade, a SCALA conseguiu conquistá-la como associada, e mais tarde como dirigente. Apesar de pensarmos que ela nunca sentiu a SCALA como a sua verdadeira casa associativa (nessa altura já era dirigente de "O Farol"...), a sua passagem na nossa Associação foi extremamente importante, quer no apoio cultural quer no apoio logístico. 

A sua capacidade de trabalho e gosto pelas coisas da cultura, fez com que aceitasse fazer parte de uma direcção da SCALA composta apenas por mulheres (2012). Claro que foi uma ideia bonita mas com resultados pouco práticos, se excluirmos as boas prestações associativas da Ermelinda e da Gena de Sousa (os outros três elementos femininos da direcção estavam uns bons furos abaixo delas, em termos de capacidade e vontade...).

Desiludida com a falta de apoios autárquicos, com o funcionamento da SCALA (e também por problemas pessoais...), acabou por de ir desligando da nossa Associação, permanecendo hoje apenas como associada.

Apesar da sua passagem pela SCALA ter sido demasiado curta, foi bastante marcante e positiva, graças à sua qualidade enquanto activista cultural.

(Gente da História da SCALA - XVII)

(Fotografia de Gena Souza)


terça-feira, maio 14, 2024

Nogueira Pardal: o amor à poesia, ao alentejo e às coisas bonitas da vida


Nogueira Pardal é um dos sócios mais antigos da SCALA, mas não entrou logo na nossa "rota cultural". Isso aconteceu porque se tornou associado mais pela amizade que tinha a Fernando Barão (eram vizinhos na Verdizela), que por qualquer outra afinidade que sentisse pela nossa Associação.

Foi com as nossas "Tertúlias do Dragão" , que ele teve a possibilidade de nos mostrar o seu talento e valor como poeta e amante da literatura. Ou seja, teve uma presença activa e passiva, quer como palestrante quer como espectador (foi sua a primeira palestra das tertúlias, sobre a "A Tradição Coimbrã"...). Ofereceu-nos vários serões bem passados na companhia de excelentes autores, apresentados de uma forma simples mas muito completa, como foram os casos de Florbela Espanca, José Régio, António Gedeão ou Brito Camacho).

Apesar de se deslocar da Verdizela para Almada, Pardal raramente falhava uma tertúlia, sempre com a companhia da sua simpática esposa, a Antónia. Foram dois dos grandes resistentes desta meritória iniciativa da SCALA, que durou mais de doze anos...

Fez também várias vezes parte dos Corpos Gerentes, em cargos não executivos.  E graças à sua verve poética, passou a fazer parte do grupo de "Poetas da SCALA", que espalharam a poesia por vários lugares do Concelho. Foi também júri (em várias edições) do Concurso de Quadras Populares dedicadas a S. João, organizado em parceria com a SCALA e o Município de Almada.

Ou seja, tudo motivos para fazer parte da história da SCALA.

(Gente da História da SCALA - XVI)

(Fotografia de Luís Eme) 


sábado, maio 11, 2024

"Três Amigos, Três Estilos" (com memórias...)


Sei que já devia estar a trabalhar no segundo volume de "Gente da SCALA", mas parece que vou ter de escrever sobre mais que 30 pessoas (algumas aparecem-me em "duetos"...).

Entretanto ontem estive na Sede/ Galeria da SCALA a ajudar na montagem de uma exposição de três amigos.

Gostei "deste voltar", ainda por cima por uma boa causa: a amizade.

No regresso a casa dei por mim a pensar nas horas que perdia (e ganhava), como activista cultural. Foram bons momentos, em que tive a oportunidade de conhecer melhor várias pessoas e tornar-me amigos de algumas. Claro que, como acontece nestas coisas, apareceram também duas ou três "nuvens negras" (apesar do brilho do Sol...), a recordar o "pagamento" que recebi de toda esta disponibilidade...

Mas o bom foi estar com a Alzira, a Goreti e o Hélder, ajudando-os a "embelezar" a exposição que é inaugurada hoje, às 16 horas, "Três Amigos, Três Estilos".