terça-feira, janeiro 29, 2019

A SCALA e a "Tertúlia do Repuxo"


A SCALA "nasceu" em vários lugares, mas terá sido nas mesas do Café Repuxo, da Praça Gil Vicente, na "fronteira" entre Cacilhas e Almada, que mais se conversou, debateu e discutiu, sobre a necessidade de se fundar uma associação cultural em Almada.

Os companheiros que se encontravam no "Repuxo", nas manhãs de sábado (e por vezes também ao domingo...).tinham pelo menos três interesses comuns: a paixão pelos livros, pelo associativismo e também pela história local. 

Embora estes encontros se realizassem durante os anos 1980, é no começo da década seguinte que eles se tornam mais participados, e a terem um objectivo comum: o desenvolvimento da tal ideia de se criar uma associação cultural, que pudesse defender os ideais artísticos, em todas as áreas da cultura (literatura, artes plásticas, música, fotografia, cinema, teatro, património, etc).

Apesar de muito boa gente "torcer o nariz à ideia", estes homens não mais pararam de andar para a frente, até conseguirem o seu propósito: a fundação da SCALA.

Ainda recordamos os tempos em que se enchiam duas mesas e se juntavam mais de uma dezena de Scalanos, com conversas cheias de interesse (foi aqui que ouvimos falar pela primeira vez de inúmeras personagens da história do Concelho de Almada, assim como de acontecimentos importantes que desconheciamos...). E nunca mais deixámos de frequentar o "Repuxo", até à actualidade.

Infelizmente o tempo tudo leva e a tertúlia encontra-se inactiva desde 2015, pois nos últimos três anos só se costumam encontrar por lá duas pessoas, e já não é todos os sábados...

Esta fotografia tem um simbolismo especial, pois retrata aqueles que melhor defenderam o espírito Scalano, ao longo dos anos, graças à sua qualidade humana e também à sua paixão pela Cultura e pelo Associativismo. São eles: Henrique Mota, Diamantino Lourenço e Fernando Barão.

(Fotografia de Luís Eme)

segunda-feira, janeiro 21, 2019

A SCALA e "O Almadense"...


O fundação da SCALA não se pode dissociar - nem deve - do aparecimento da nona série de "O Almadense", um semanário histórico, quase sempre republicano, que foi proibido após o Movimento Grevista de 18 de Janeiro de 1934, quando tinha como director Felizardo Artur.

Dizemos isto, por que acabaram por ser dois processos quase paralelos. Aliás, o primeiro contacto que tivemos com alguns dos fundadores da SCALA foi numa reunião que se realizou num café do Centro Comercial M Bica, no final de 1993, graças ao "O Almadense". Fomos convidados por Henrique Mota (pai), para esse encontro, na nossa qualidade de jornalista (sem pensarmos na época que acabaríamos por ser também associativistas...), para uma possível colaboração com o jornal, cujo número zero sairia em Junho de 1994, durante o Campeonato da Europa de Andebol, que se realizou em Almada, tendo como director, Fernando Barão.

O mais curioso, é que esta vontade de dar vida a mais um jornal em Almada, acabaria por ditar a primeira cisão no seio da SCALA, com dois fundadores, que apenas o são de nome, pois nunca participaram em qualquer actividade como sócios da nossa Sociedade (Gil Antunes e Manuel Lourenço Soares, o primeiro director do "Jornal de Almada" e o segundo seu redactor), após a sua fundação, porque não aceitaram de bom grado a possível "concorrência" jornalística...

segunda-feira, janeiro 14, 2019

A SCALA em Janeiro de 1994...


Em Janeiro de 1994, estava praticamente preparado o "parto" de mais uma associação em Almada, com a novidade de ser Cultural, de querer interagir com os almadenses, nos campos férteis das Artes e das Letras.

A ideia fermentava em algumas cabeças, há pelo menos uma década (na de Fernando Barão, talvez há mais...). Mas por várias vicissitudes, nunca fora discutida e analisada, como aconteceu ao longo de todo o ano de 1993, com a realização de muitas conversas de café (quase sempre no "Repuxo"), e alguns reuniões, já com um pensamento mais sério, sobre o que se pretendia (embora nunca se saiba bem o que irá acontecer, a recepção que as pessoas têm ao novo...).

O facto de quase todos estes homens estarem (ou terem estado...) ligados a colectividades almadenses, como dirigentes (havia a predominância de duas, Incrível Almadense e Ginásio do Sul, que nós nas comemorações do 20.º aniversário, não tivemos pejo em as referir como a "Mãe" e o "Pai" da SCALA, algo que desenvolveremos noutro texto), fazia com que tivessem a noção, de que a Cultura (pura e dura) não era uma prioridade, em qualquer delas... 

O nome dos 15 fundadores também estava praticamente definido: Fernando Barão, Henrique Mota, Diamantino Lourenço, Abrantes Raposo, Victor Aparício, Arménio Reis, Virgolino Coutinho, Artur Vaz, Jorge Gomes Fernandes, Henrique Costa Mota, João Dias da Cunha, José Luís Tavares, Álvaro Costa, Manuel Lourenço Soares e Gil Antunes.

(Fotografia de Luís Eme)

quinta-feira, janeiro 10, 2019

Um Blogue (ligeiramente) Diferente...


Por deixarmos de fazer parte dos Corpos Gerentes da SCALA, decidimos dar uma nova orientação a este blogue, porque a forma como ele tem funcionado até aqui, deixou de fazer sentido (blogue informativo das actividades desenvolvidas pela Sociedade Cultural), por várias razões. Uma das quais é o facto de não termos acesso a notícias e a imagens, das actividades desenvolvidas pela SCALA. 

Ou seja, este blogue irá explorar, fundamentalmente, a vertente histórica da SCALA, que felizmente tem sido bastante rica ao longo da sua existência. 

Algo que até acaba por fazer algum sentido, se pensarmos que a SCALA cumpre 25 anos de vida em 2019.

Publicamos nesta primeira postagem uma fotografia cheia de história, tirada no primeiro almoço de aniversário da SCALA, realizado em 1995.

Em cima: prof. António Silva Marques; Vasco Gonçalves, Fernando Barão, José Luís Tavares, Artur Vaz, Maria Emília de Sousa (então Presidente do Município de Almada com um papel  na mão, que tem escrito 1.º Aniversário),  Jorge Gomes Fernandes e Arménio Reis. 
Em baixo: Victor Aparício, António Nabais, Abrantes Raposo, Álvaro Costa, Luís Milheiro, Henrique Mota e num plano inferior, Vitor Ferreira. 

[Luís Milheiro]