Na exposição, "Memorial de Arte Scalana", patente no Espaço Doces da Mimi, em Almada, é possível vermos um dos quadros da autoria de Anyana (que reproduzimos), onde se vê o agora aparecido Farol de Cacilhas, ainda verde, que ela já não teve oportunidade de ver regressar ao velho Largo.
Além do óleo, também escreveu este poema...
Além do óleo, também escreveu este poema...
nosso farol
Ante-Âmbolo de nossa infância,
Mirante dos nossos sonhos,
Luz guardiã da esperança
Que embalou nossos anos mais risonhos.
Ex-libris dum lugar harmonioso
Lá no alto, como grande e distinto senhor,
Como um verde mastro
Elevado e orgulhoso
Te mantiveste erecto,
Altivo em teu labor,
De cintilante brilho te revestiste,
Abrindo em tua luz-verde-esmeralda
Os caminhos do rio, que te embalou
E, em ti viveu...
E, um dia sem aviso
Te arrancaram p’la raiz,
E o lugar, que contigo foi feliz
Assim ficou castrado e entristeceu.
A tua formosa luz se apagou,
Murchou p’ra sempre
Vivendo hoje somente
Em nossa saudosa mente...
Anyana
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