Se há lugar em Almada que transporta poesia, é o Ginjal, apesar do abandono e das ruínas...
As palavras são de Alberto Afonso e a fotografia de Luís Eme, nossos associados.
Cais do Ginjal
São ruínas
o que nos surge
ao longo do cais.
As pedras atiradas sem dó
cegaram as janelas
onde o rio se reflectia
talvez, no seu último refúgio.
Sob o céu azul de Outono,
restam apenas paredes,
com profundas feridas
por sarar,
numa espera agonizante
que ficará na memória,
de quem por aqui passar.
Numa manhã chuvosa,
Ou
numa bela
noite de Luar.
Alberto Afonso
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