Conceitos da Liberdade Pouco Poéticos
O sabor da liberdade é o daquele delituoso, na porta da prisão, após
cumprimento da longa pena, respirando, enfim livre!...
Perguntemos às aves, aos pássaros que rasgam os céus entre
continentes, e aos que se encontram engaiolados, mesmo em gaiolas douradas,
qual o valor da liberdade.
E àqueles ancestrais naturais das Américas, do Alaska ao Chile,
como era a liberdade antes e depois da chegada dos europeus, na sua sofreguidão
pelo ouro.
Também perguntemos aos homens e mulheres, com anos de cárcere no
Aljube, Caxias, Peniche, Tarrafal, prisioneiros sem o menor indício de qualquer
crime, que só como livres pensadores pensarem de forma diferente dos próceres
da Ditadura, os privarem da liberdade.
A todos aqueles políticos que se não cansam de expelirem, até à
exaustão, a palavra liberdade para após a subida ao poder a encarcerarem.
A maior expressão da liberdade nos modernos tempos foi o 25 de
Abril e o 1º de Maio.
Seguiram-se desmandos em nome dela, mas felizmente por aí continua
para os corrigir.
Diamantino
Lourenço
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