No banco da saudade
No banco junto ao rio
ficou a saudade.
Voltei lá!
Estava a sorrir para me receber
como se soubesse que eu ia voltar.
Emocionei-me nos braços dela
mas não chorei.
Tive vergonha do rio
ali junto, ouvia
o que se dizia ao falar de amor e de alegria.
Estava no jardim uma rosa amarela
olhei para ela e para o rio.
A cor que fica ao pé de mim é perfume
a cor que vai é queixume até chegar ao mar.
Disse a saudade que enquanto ali estiver
é um sinal de que as coisas não vão mal.
e disse-lhe adeus.
Voltarei.
Não estará lá a mesma rosa
estará outra ou outra flor.
Hoje foi a vez de publicarmos um poema de Américo Morgado, ilustre professor da nossa cidade, que neste momento está hospitalizado e a quem desejamos uma excelente recuperação.
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