As Palavras de Luís Alves que ilustram uma fotografia de Luís Eme:
Cais
de Lisboa
Colunas de séculos passados
Onde o tempo não perdoa
São dois mastros apontados
Ao céu da Nossa Lisboa
Foste cais da realeza
Admirado, ainda és
Até a coroa inglesa
Ancorou a vossos pés
Nesses tempos da lonjura
Caravelas a partir
Homens bravos à procura
Dum mundo por descobrir
Gaivotas em movimento
No cais de tanta saudade
São como notas ao vento
Chilreando Liberdad
A nossa ponte
imponente
De Abril só há
gemidos
Mas o Tejo
comovente
Amena os cravos
esquecidos
Onde estão os
cacilheiros
Que a câmara não
captou?
Mais os velhos
marinheiros
Que o pai Tejo
adoptou?
Estas águas que nos
levam
E nos corta a
respiração
É o rio onde
navegam
As mágoas que vão
pró mar.
Sem comentários:
Enviar um comentário