Foi graças aos seus “Doces da Mimi”
(cafetaria e casa de chá) e à parceria cultural realizada com a SCALA, que a
sua participação no dia a dia da nossa Associação se tornou mais efectiva,
acabando por a transportar até ao cargo de Presidente da Direcção.
Apesar de ser bastante activa, os primeiros anos de presidência de Maria Gertrudes Novais, foram muito para “inglês ver”, uma vez que as tarefas de maior responsabilidade e organização, eram realizadas por outros elementos dos Corpos Gerentes. Foi assim nos seus dois primeiros mandatos.
Mesmo depois, quando deixou de ter esse
apoio, e foi "obrigada" a ser mais “pró-activa”, ou seja, presidente a tempo inteiro, nunca
conseguiu ser um elemento agregador, como os seus antecessores, deixando que a SCALA
perdesse aos poucos, o seu espírito Tertuliano e até a aura familiar que lhe
era característica, apesar de começarmos a contar com um espaço nosso (a propósito deste ponto, é importante referir que o seu dinamismo foi essencial na cedência da nossa Sede por parte do Município).
Por a conhecermos, sabemos que as suas
limitações culturais também pesaram no actual “marcar passo” da SCALA, no
panorama associativo local, estando hoje praticamente reduzida à poesia (a sua grande paixão, é autora de mais de meia-dúzia de obras literárias) – e
agora também ao fado (a organização de exposições, funciona de uma forma quase
automática, mas cada vez com menos expressão e inovação artística).
No entanto, é importante frisar, que na
actualidade, sem a sua dedicação e voluntarismo, a SCALA pode até correr o risco de
desaparecer, tal tem sido o desinteresse manifestado por uma boa parte dos seus
associados pela vida da Associação…
(Gente da História da SCALA - XIV)
(Fotografia de Gena Souza)
Sem comentários:
Enviar um comentário