quarta-feira, abril 03, 2024

Victor Aparício: a paixão pelo jornalismo e pelos livros


Natural de Lisboa,  Victor Aparício veio viver para Almada, no começo da adolescência. Uma das suas descobertas mais estimulantes, foram as bibliotecas do movimento associativo almadense, que o iriam ajudar bastante a alimentar a paixão pelo mundo dos livros e dos jornais. 

Se a literatura ainda estava longe, o jornalismo nem por isso, começando a escrever logo que lhe foi possível na imprensa local (com relevo para o "Jornal de Almada" e "O Setubalense", assim como outras publicações locais, como o boletim "O Scala", que chegou a dirigir).

E depois vieram os livros, ainda que de forma tímida. Embora os apoios tenham sido sempre escassos, o Victor conseguiu deixar-nos mais de uma dúzia de obras, entre a poesia, a ficção e a biografia e o ensaio sobre história local. Algumas destas obras continuam a despertar interesse local, como é o caso de "Tonecas, a Tragédia que Enlutou Almada" e de "Os Palmeiros e os Gafos de Cacilhas".

A ligação ao jornalismo, aos livros e ao associativismo, transportaram-no para a "Tertúlia do Repuxo", que acabou por ser o "berço" da SCALA, da qual foi um dos fundadores. Apesar de ser demasiado meticuloso, com as palavras e com os procedimentos de secretaria (era conhecido como o "picuinhas"...), foi decisivo na organização e no arquivo da nossa Associação, nos primeiros anos, quando exerceu a função de Secretário da Direcção.

A vida de  Victor Aparício esteve longe de ser fácil, principalmente na infância e adolescência. Isso fazia com que fosse demasiado reservado, ao ponto de nem sempre ter sido bem compreendido pelos amigos. O mesmo se passou no seio da SCALA.

(Gente da História da SCALA - IX)

(Fotografia de Gena Souza - Almada)


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