Um deles foi o Mártio (Mário Martins), que já era um pintor reconhecido no Concelho e não só, quando a SCALA foi fundada, em 1994 (começou a expor, individualmente desde 1963...).
Mas Mártio é um artista multifacetado, cujo talento nunca se cingiu apenas à pintura figurativa, mesmo que esta fosse a técnica que mais o inspirou e fez dar nas vistas, ao longo de uma vida artística, de mais de sessenta anos. O impressionismo, o surrealismo também fazem parte do seu percurso como pintor, tal como realismo, entre outras experiências pictóricas.
Desenhou a carvão, modelou barro - os seus frades fizeram história -, pintou aguarelas, acrílicos, óleos, etc. Também fez ilustração - é autor de algumas capas de livros de amigos - e até de caricaturas (também ficou famosa a sua série das "Tias"...).
Olhando de soslaio para o seu outro lado, é importante referir que o Mário fez parte do rico movimento associativo almadense, nas colectividades da sua Cova da Piedade, especialmente na SFUAP, onde teve um papel fundamental no crescimento e desenvolvimento do campismo.
Voltando à história da SCALA, sem o Mártio, o Mário Nery ou o Aníbal Sequeira, que estiveram connosco praticamente desde a primeira hora, a nossa Festa das Artes (entre outros eventos artísticos) não teria sido a mesma, ao longo de praticamente três décadas.
(Gente da História da SCALA - XXIV)
(Fotografia de Luís Eme )
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