sábado, outubro 26, 2024

Rosette Coelho: a escolha da poesia como companheira, na luta com o dia-a-dia...


Há mulheres que depois de ficarem sozinhas, fecham-se em casa, como se o mundo estivesse para acabar. Vestem-se de negro e esperam a sua vez, presas à memória do tempo em que pensavam ser felizes.

Há outras, que depois do primeiro embate com a "solidão", resolvem resistir. Dão uma ou duas voltas à vida  e levantam-se, com vontade de ir atrás de qualquer sonho lindo, que lhes ficou de "uma outra vida qualquer"...

E é assim que regressam a experimentar uma ou outra coisa, que noutros períodos da vida, as faziam sentir-se bem, criativas, mais livres e também mais preenchidas.

A SCALA teve a alegria de receber algumas destas mulheres, como foi o caso de Rosette Coelho, que trouxe consigo o amor à poesia, e ainda um sorriso contagiante, fundamentais para o nosso convívio, que juntava o social ao cultural, abrindo portas a novas amizades e à troca de saberes.

A Rosette trouxe-nos as palavras dos poetas que amava. Poetas que declamava com talento e emoção, sozinha ou em grupo (sim, fez parte do primeiro grupo de "Poetas da Scala", juntamente com Idalina Alves Rebelo, Cristina Fernandes, Nogueira Pardal e Fernando Barão).

E claro, uma alegria contagiante, que recordamos com saudade...

(Gente da História da SCALA - XXV)

(Fotografia de Luís Eme - com a Rosette a sorrir, na companhia do Fernando e da Guiomar)


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